



Serviços que apoiem as faculdades
Gabriel David
Diagnóstico
A U.Porto tem quatro modelos para o funcionamento dos seus serviços técnicos e administrativos.
Nos setores académico e de relações externas, existe uma unidade na Reitoria (a FOA), dependente do vice-reitor respetivo, com funções de estratégia, controlo e algumas operacionais, e uma unidade em cada faculdade, dependente da sua direção, com funções operacionais.
No setor de informação e informática, existe apenas uma unidade na Reitoria (a UPDigital), dependente do vice-reitor, que concentra todas as funções, com extensões locais, e unidades restritas nas faculdades, nomeadamente nas bibliotecas e no apoio aos utilizadores.
Nos setores financeiros e de recursos humanos, existe um serviço autónomo (SPUP), com um diretor próprio, que responde ao Administrador e que apoia em termos operacionais cerca de 2/3 da universidade. A FEUP e a FCUP têm os seus próprios serviços financeiros e de recursos humanos, com funções operacionais, dependentes das direções das faculdades.
O problema de conceção deste modelo é que, nestes setores, as funções de estratégia e controlo assentam também em pessoal dos SPUP, misturando-se com as funções operacionais. Isto coloca as faculdades que não estão nos SPUP na situação de terem que se relacionar com estes serviços, com quem em princípio não têm nada a ver.
Em termos de funcionamento, vão-se sucedendo os casos de demoras nos processos, de erros de execução e de prioridades adequadas, em grande parte derivadas da distância dos serviços relativamente aos interessados.
Solução proposta
As faculdades devem ter com quem se relacionar ao nível da Reitoria, nos vários setores e em particular nos setores financeiro e de recursos humanos, para as questões de estratégia, de orientação e de monitorização e auditoria. Este nível deve ser separado do nível operacional, seja das faculdades que se apoiam nos no serviço autónomo SPUP, seja nas que mantêm os seus serviços próprios.
Seguindo esta lógica, os lugares dirigentes em serviços semelhantes, isto é, nos SPUP e nos serviços das faculdades não SPUP, deve ser proporcional à respetiva dimensão e não concentrados nos SPUP.
A existência de gabinetes nos vários setores junto da equipa reitoral, com funções de estratégia, orientação, monitorização e auditoria, de pequena dimensão e alta qualidade, permitiria aumentar a eficiência e a eficácia dos serviços operacionais, mantendo-os próximos das faculdades que servem, de forma partilhada ou local.